1º- "Tempo quente" da reeleição
1) Disputa acalorada
A eleição republicana
racha a Câmara e o Senado.
Será que lá não se irmana
um acordo politizado?
Outra vez foi disputado
seu cargo de presidente.
A Câmara foi repetente:
seu Líder ganhou a disputa.
E o Senado assiste à luta
do
seu Chefe concorrente.
2º- Proceso em ebulição
2) Sem consenso
Era
a votação aberta
como quem não tinha medo.
Porém o Supremo acerta
que o Senado tem segredo.
"Doce, salgado ou azedo",
a Corte fez o decreto:
e o voto agora é secreto...
declarou-se a nulidade.
Sem ver unanimidade,
"estremece
o mesmo teto".
3) Linha sucessória
No Congresso Nacional,
não é só pelo poder
que "esse jogo eleitoral
tem lance sem ninguém ver";
um eleito poderá ser
o Chefe do Executivo:
com o Titular inativo,
chega a linha sucessória:
vacância, posse e vitória
mexem
com o Legislativo.
4) Presidente do Congresso
Estando os dois reunidos
— a Câmara com o Senado —,
então serão presididos
por um só Chefe empossado:
o senador mais votado
é quem preside o Congresso;
um homem de muito sucesso
— em duas Casas, três potências,
um Chefe e "três presidências" —
faz mais questão no processo.
5) Quatro presidências
Presidente do Senado,
da Câmara e do Congresso:
três em um só concentrado.
É muito poder expresso.
Ele tem mais um acesso,
presidindo o Executivo.
Eis a conta do motivo:
quatro tronos nacionais
que, em vozes congressuais,
tornaram o pleito agressivo.
6) Forma de tratamento
Já sofreu muito o Brasil,
país presidencialista —
em uma eleição hostil,
violenta e vitimista.
Não é parlamentarista,
mas precisa do assento
de gente do Parlamento
que grita sem deferência
e em vez de "vossa excelência",
diz "você" no tratamento.
7) Renúncia e vitória
Um candidato dali
que fugiu das liturgias
referiu-se a “um davi”,
dizendo que era “um golias”.
Na "funda das agonias",
entregou-lhe a votação.
E segundo a opinião
de fontes comentaristas,
nomes presidencialistas
comemoram essa eleição.
3º- Solução de acordo?
8) Efeito das controvérsias
A pressão da circunstância
no processo controverso
tira a força e a constância,
cria um juízo diverso.
O pensamento disperso
gera um efeito contrário.
Por exemplo, um mandatário
muda o tino e a postura:
retira a candidatura,
surpreendendo o plenário.
9) Recuar e pacificar?
Os Três Poderes unidos
são da República ideal.
A união dos partidos
também se faz crucial.
Seja a renúncia um sinal
de algum acordo possível.
Não há poder invencível...
"Se não for um trampolim",
um recuo feito assim
é um gesto de alto nível.
10) Ordem e União
Tumulto e sessão suspensa
entraram nos rituais.
Mas a ordem é uma crença
dos comandos federais.
Os rumos iniciais
são de novo demarcados.
Senadores, Deputados
unidos são o Congresso;
desunidos, retrocesso
dos votos juramentados.
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