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03/12/2022

POEMAS PARA ELEIÇÃO DE PRESIDENTE DO BRASIL 2022: reação do povo, manifestações do poder e monojuizcracia

 Poemas da Eleição 2022 com assuntos ligados ao governo brasileiro, anticomunismo, urna eletrônica, economia, segurança (incluindo forças armadas), justiça (inclusive de tribunal), patriotismo, comunicação e "assentos do povo no poder". E uma versificação final sobre a "monojuizcracia" (governo de um só juiz), passando pela autocoroação, supremacia e agravo dessa imaginária nova forma de governo surgida no Brasil. 


Consolidação de textos em verso", republicados com alteração e fora da ordem cronológica dos acontecimentos: em redondilhas maiores, decassílabos e hendecassílabos. Contém matéria, sobrando para um livro de poemas. 

_______________________________  

ROTEIRO TEMÁTICO DOS POEMAS 

_______________________________ 

SUFRÁGIO NO BRASIL 2022. 

RONCO DA MINHA CUÍCA ELEITORAL. 

COVA ELEITORAL DO BRASIL 2022. 

ELEIÇÃO 2022 NA CASA DO SEM-FIM. 

VOTO E DISCURSO IDIOTA. 

SILÊNCIO E CUMPLICIDADE. 

SEM RAZÃO DE ESPERNINHAR? 

DIREITO DE ESPERNINHAR. 

BAIXAR A ARMA, SUBIR A GUARDA.  

GOVERNO SEM ESPERANÇA. 

GOVERNO CONSERVADOR.  

JUSTIÇA DE DUAS BALANÇAS. 

DAMAS DA MANIFESTAÇÃO.  

PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE. 

"BARBAS [POLÍTICAS] DE MOLHO".  

DEMOCRACIA ARRISCADA 

DEMOCRACIA FARDADA 


PATRIOTISMO E A BANDEIRA DO BRASIL. Alusão ao Dia da Bandeira Nacional, 19 de Novembro 

1- SER PATRIOTA 

2- "PÁTRIA AMADA, BRASIL" 

3- CORES DA BANDEIRA BRASILEIRA 

4- PATRIOTISMO E OLAVO BILAC. 


GOVERNO DO PRESIDENTE BOLSONARO. 

HIPÓTESE PROVÁVEL DA REELEIÇÃO. 

REELEIÇÃO PRESIDENCIAL: "pisando em ovos". 


SEM ECONOMIA, COM ESTOURO DE GASTOS: 

1- BANCADA COM ESTRONDO FISCAL. 

2- CONTRAENDIVIDANENTO PÚBLICO.  

3- MEU NOME É PEC DO ESTOURO DE GASTOS 


COMUNA DA MALDIÇÃO POLÍTICA 

SUBTEMAS: invasão, extorsão, confisco, assalto, unigênero, humilhação, preguiça, maconha, criminalidade, maldição. 

ASSALTO NO BRASIL. 

TRAGÉDIA COMUNISTA. 

COMUNISMO DEPOIS DA MORTE. 

OVELHA COMUNISTA. 


ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE DO BRASIL. 

NORDESTE DO BRASIL: eleição presidencial 2022. 


URNA ELETRÔNICA MISTERIOSA: 

URNA, PIADA DE SALÃO. 

URNA DO SISTEMA FECHADO. 

URNA ELETRÔNICA: não sei do meu voto. 

CABINE ELEITORAL DO MEU RECLAMO. 

URNA ELEITORAL DAS TREVAS. 

SEM COMPROVAR QUEM  RECEBE O VOTO? 

URNA ELEITORAL: voto eletrônico e impresso 

ALUSÃO AO NÚMERO 22. 

MONOJUIZCRACIA: governo de um só juiz. 

_______________________________ 

CONTEÚDO VERSIFICADO 

_______________________________  

SUFRÁGIO NO BRASIL 2022 

Versos: 29 decassílabos 

Valdir Loureiro 


Acabou-se a eleição. E agora? 

Vou ficar escrevendo por aqui. 

Quem quiser dizer que é "mimimi", 

Diga lá, mesmo sem ser eu quem chora. 


Mas esteja comigo nesta hora, 

Na qual veja o meu Brasil agredido 

Por alguém de um regime e de um partido 

Que deseja alterar "Ordem e Progresso". 


Gente assim faz questão de ter sucesso, 

Abafando os cristãos dentro das furnas. 

Um exemplo é o resultado das urnas 

Eletrônicas no ano da eleição 

Sob múltipla suspeita em votação, 

Dando o seu resultado conflitante. 


Multidão sai em tom mafinestante, 

Protestando contrária a esse estágio. 

Hoje eu penso que o chamado sufrágio¹ 

Festejado após essa seleção 

Transformou-se em luto ou oração 

Que afasta o Mal e os caminhos tortos: 

Um sufrágio pelas almas dos mortos 

Enterrados por arma comunista. 


Eu não posso tirar isso da vista. 

E se alguém fizer muro de "merlim"²  

Que separe o meu Brasil de mim, 

Vou pedir a três forças que o retirem. 


Se a comuna³ ouvir o meu latim, 

Vai para outros países que a admirem, 

Sem motivo de ler meu folhetim. 


¹o que é sufrágio. https://www.dicio.com.br/sufragio/.

²merlim (machado para partir lenha). 

³o que é comuna. https://www.significados.com.br/comuna/. 

_______________________________ 

RONCO DA MINHA CUÍCA ELEITORAL 

Versos: 32 decassílabos 

Autor: Valdir Loureiro 


Epígrafe: 

"O céu do meu Brasil tem mais 'estrelas'...".  

Dom e Ravel 

Clicar abaixo para ver a letra e a música "Eu te amo meu Brasil". 

https://m.letras.mus.br/dom-ravel/979917/. 


Vou dizer a quem entra neste encarte  

Que o "universo das letras" tem lugar 

Que permite a um leitor opinar 

Desde que se respeite cada parte. 


Agradeço o que vem da sua arte 

Com a intenção de jogar para a plateia. 

Alguém pode externar a sua ideia 

À medida que seja a sua bronca. 


Mas o som da minha cuíca ronca 

Ritmado com sambas e cordões 

Brasileiros que vêm de duas nações: 

Portugal e especialmente Angola. 


E eu gostava de ouvir na minha Escola 

A cantiga "Eu te amo, meu Brasil" 

Dos cantores, uma dupla civil, 

Dois artistas que são Dom e Ravel. 


Dizem que sou parente de Raquel 

De Queiroz, que é uma escritora querida. 

Digo assim uma mistura extraída 

Do que foi o meu estudo e cultura. 


Com leitores, eu faço uma partitura 

Desde que se mantenha a harmonia. 

Minha Escola não tem ideologia 

Que unifique banheiro de aluno. 


Não me envolvo e nem me coaduno 

Com a invasão de terra e de propriedade 

Na Internet, no campo e na cidade 

Nem concordo com roubo de galinha. 

Eu não sei o que já disseram as togas, 

Mas sou contra legalizar as drogas. 


Se outro autor encontrar-se nessa linha, 

Nós podemos, em paz, interagir; 

Mas, se não, o que eu tenho a repartir 

São estrelas da Amada Pátria minha. 

_______________________________ 

COVA ELEITORAL DO BRASIL 2022 

Versos: 12 decassílabos ritmados. 

Valdir Loureiro 


Não precisa haver maior tristeza 

Do que esta, afundando o meu País, 

Por ter feito uma eleição infeliz,  

Apurada por mãos da Incerteza. 


Só não digo que houve safadeza 

Porque vão exigir de mim a prova. 

Mas alerto uma geração mais nova 

Que ainda não seja experiente 

Sobre essa eleição de presidente 

Da República em 2022, 

Que, talvez, leve o meu Brasil, depois, 

A deitar-se na cova, eternamente. 

_______________________________ 

ELEIÇÃO 2022 NA CASA DO SEM-FIM 

Versos: 21 decassílabos. 

Valdir Loureiro 


A julgar pela notícia corrente*, 

Caso não se imprima em quem votar, 

Eleição mensal para um presidente 

Pode até nunca mais se acabar. 

        * 26-11-2022.


Não vi prova do que se diz fraudar. 

Mas quem não vê seu voto e vê incerteza 

Com suspeita de fraude e ardileza 

Tem direito de querer decifrar**. 

** direito de informação e direito de publicidade. 


Houve ainda proposta de fazer 

Eleições Gerais com um comprovante 

Para cada eleitor, público votante 

Ver o nome de quem fosse escolher.  


Sugestão, coincidência ou parecer, 

Antes de ser feita a aprovação, 

Permutou senadores do congresso 

Que quisessem o comprovante impresso? 

E votaram os dessa contramão? 


E hoje em dia, a contagem está assim: 

"Eleições do sem-termo e do sem-fim 

Para quem quer ver a comprovação, 

Tendo o nome do candidato, enfim". 

_______________________________

VOTO E DISCURSO IDIOTA 

Versos: 16 hendecassílabos ritmados. 

De: Valdir Loureiro 


Com medo de autor que soltasse uns esturros, 

Fui ver o que era uma idiotice. 

Pesquisei por dentro do meu "pai dos burros", 

Mas não achei relação com o que eu disse. 


Também não vi nada que diminuísse 

A minha expressão de autocapacidade. 

Por isso, eu me sinto liberto e à vontade:  

Não tenho discurso de quem é idiota. 


Quem sabe (talvez) tenha aquele que vota 

Em quem diz que pode um ladrão assaltar 

Celular da gente e, para aproveitar, 

Assalte relógio, carro e mate quem 

Reaja ao assalto. E um morto não vem  

A um presidente para reclamar. 

E esse, talvez, ainda goste também 

Da voz de outro crime que se perpetuar. 

_______________________________

SILÊNCIO E CUMPLICIDADE 

Versos: 16 decassílabos ritmados. 

De: Valdir Loureiro 


Não sou cúmplice de uma decisão 

Que fechar uma rede social 

Na figura de um blog ou de um jornal, 

Ou um veículo de comunicação. 


Dizem que a liberdade de expressão 

De expor uma ideia ou pensamento 

Está posta no nosso ordenamento 

Que dispõe sobre a vida em sociedade. 


Logo, estou longe da cumplicidade 

Que se cala na rua ou em tribunal,   

Quando alguém é proibido em seu portal 

De falar a respeito do que é errado, 

Apontando um suspeito levantado, 

Sem tirar o direito de inocência: 

Só porque mostra indício ou evidência, 

Seu canal de notícias é fechado? 

_______________________________ 

SEM RAZÃO DE ESPERNINHAR? 

Versos: 14 decassílabos ritmados. 

De: Valdir Loureiro 


Uma urna eletrônica pode ter 

Um teclado e um toque de blim-blim. 

E se você viu bem, quer me dizer 

Se os números chegaram ao seu fim? 


Mas pergunte primeiro aqui, a mim:  

Se eu já sei em quem foi que eu votei. 

Pelo meu comprovante, ainda não sei 

Se foi mesmo em quem eu estou pensando. 


Depois veja se há índio,  reclamando 

Por que não viu seu voto onde votou. 

Diga lá o que a Urna comprovou. 


Se eu não posso ficar esperninhando,  

Se essa máquina também não me enganou. 

Se disser, depois vou eu me calando. 

_______________________________ 

DIREITO DE ESPERNINHAR 

Versos: 12 decassílabos ritmados. 

De: Valdir Loureiro 


O direito de alguém esperninhar 

Hoje está verberando a minha voz, 

Perguntando pelo que é de nós: 

Cada qual que for mais um militar. 


São três Forças Armadas a contar

Movimento na frente dos quartéis. 

Na poesia, eu procuro os menestréis 

Irmanados quase em mesma revolta. 


Digo que é necessário haver escolta, 

Batedores, guerreiros e patrulhas 

Contra as feras feridas com fagulhas 

Infernais da maior reviravolta. 

_______________________________ 

BAIXAR A ARMA, SUBIR A GUARDA 

Versos: 23 decassílabos ritmados. 

De: Valdir Loureiro 


É preciso baixar a arma, sim,¹  

E deixar o gatilho enferrujado.  

"o Brasil não é [um] 'campo minado'"² 

Nem quer filho com o gênio de Caim. 


Meu espírito poético tem vacina  

Contra ataque, violência e invasão. 

E anseia por uma proteção 

A partir da primeira carabina. 


Mas assalto na praia e na esquina  

"Faz baixar a arma, a cabeça e a moral";* 

Deixa um país minado por seu mal; 

Não respeita Deus nem Democracia. 

Inferniza a alma da Poesia,  

Festejando com fogos e risada. 


Eu sou contra o terror e a luta armada,³  

Contra a ordem que seja vida ou morte.⁴ 

Quero ter segurança que comporte  

Um quartel com a guarda levantada. 


Se não for com a Polícia ou a Força Armada, 

Uma vítima fica à mercê da Sorte: 

Sem saber se ver sua Pátria Amada,  

Ou é feito refém que entra no corte, 

De arma baixa e sem guarda preparada! 


Notas:   

¹²³⁴ termos de concordância com a comentarista. 

*curioso contraponto meu. 

Versos acima sem conter nenhuma palavra no plural. 

_______________________________ 

GOVERNO SEM ESPERANÇA 

Versos: 16 decassílabos ritmados. 

De: Valdir Loureiro 


1- Sanitário unissex: 

Eu não quero um programa de esperança, 

Esperando o meu filho no colégio, 

Para usar um banheiro em privilégio 

Onde a filha de alguém faz sua trança. 


2- Confisco de herança:  

Um direito que acabe com a herança 

Fique lá para quem é comunista, 

Quem não gosta de um patrimonialista 

Que trabalha dia e noite e não descansa. 


3- Bolsa-esmola:  

O dinheiro da bolsa de família 

Não devia ser como uma esmola 

Para a gente ir levando na sacola 

Com alimento sem ter uma mobília. 


4- Permissão de assaltar: 

Presidente que permita assaltar, 

Eu não quero ver nem na Internet  

Pois, com a mesma permissão, compromete 

O recurso que vai arrecadar. 


Nota: versificação acima em 4 quartetos ritmados e rimas intercaladas abba. 

_______________________________

GOVERNO CONSERVADOR 

Versos: 20 decassílabos ritmados. 

Valdir Loureiro 


Eu não quero ver terra invadida, 

Mesmo que o seu dono esteja morto. 


Sou contrário a fazer um aborto: 

Quero ver uma criança nascida. 


Onde está minha urna conferida, 

Comprovando que o meu voto foi certo? 


Um banheiro não pode ser aberto 

Para que todo gênero faça uso. 


Considero, do governo, um abuso 

Confiscar o dinheiro da poupança. 


Acabar com o direito da herança 

É o mesmo que fazer injustiça. 


Como pode falar-se na justiça 

Que permita assaltar uma pessoa? 


Outra ideia que não é nada boa 

É descriminalizar a maconha. 


Se a pessoa virar uma peçonha, 

É capaz de causar males e dor. 

Nesse caso, quem vive com amor 

Vai penar com desgosto e com vergonha. 

 

Nota: versificação acima com rimas intercaladas ab-ba-ac-cd-de-ef-fg-gh-hiih (não tendo nenhuma palavra no plural). 

_______________________________ 

JUSTIÇA DE DUAS BALANÇAS 

Versos: 12 hendecassílabos ritmados. 

Valdir Loureiro 


O que são "dois pesos e duas medidas"? 

Não sei explicar, mas vou citar exemplo. 

Ocorre quando um tribunal, no seu templo, 

Resolve tomar decisões excluídas. 


Na mesma disputa, entre duas torcidas, 

Que tenha uma só aplicação legal. 

Para uma, ele aplica uma sanção penal; 

E para outra, faz "vista grossa" ou indulto; 


Para uma, é exposto e para a outra, é oculto. 

Se as torcidas fazem manifestação, 

Diante de uma, fica na omissão; 

E acusa a outra de fazer tumulto. 

 

Nota: versos acima em 3 quartetos com rimas intercaladas abba-accd-dccd. 

Título opcional: "Balança de dois pesos" da justiça. 

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DAMAS DA MANIFESTAÇÃO 

Versos: 10 decassílabos ritmados. 

De: Valdir Loureiro 


As mulheres que gritam no combate, 

Lá, na frente da manifestação, 

É porque elas sabem onde late 

O cachorro na hora da invasão. 

Pode até estralhaçar coração, 

Patriarca do amor que uma tem.

É por isso que uma esposa vem 

Defender seu marido e patrimônio 

Contra as presas de um cão ou de um demônio 

Que a possam prender como refém. 

_______________________________ 

PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 

Valdir Loureiro 


Eu pergunto o que é a transparência,  

O controle e a fiscalização; 

E também de quem é a competência 

Quanto à respectiva obrigação. 


Bem no corpo da Constituição 

Federal Brasileira e em vigor, 

É previsto haver fiscalizador 

De um princípio, que é da Publicidade. 


Esse mesmo que tem propriedade 

Lá, no "caput"* do Artigo 37. 

Terá sido feita a vasta manchete 

Condizente com a urna eleitoral? 


Do Direito Público, é o seu ritual; 

Não tem nada com o Direito Privado. 

Logo, eu acho que fosse publicado 

Mais além do Diário Oficial. 


Notas: 

*"caput" (cabeçalho). 

Versos acima: 16 decassílabos ritmados em 4 quartetos com rimas intercaladas abba-accd-deef-fggf. 

_______________________________ 

"BARBAS [POLÍTICAS] DE MOLHO" 

Valdir Loureiro 


Vendo um meu vizinho ao pé da fornalha 

Que não o permita comer um repolho, 

Eu vou "colocar [minhas] barbas de molho"* 

Para comprar minha cebola de palha. 


Se for um país cuja nação se encalha 

Nas garras políticas governamentais: 

Vendo isso, eu tomo um cuidado a mais 

Para que o Brasil como país vizinho 

Não siga o seu rumo (no mesmo caminho), 

Tal como parece o da Venezuela... 

Nem eu fique sem beber chá de canela 

Porque o meu governo adote o seu modelo. 


Na hora da fome em que eu faça um apelo, 

Não venha um carrasco de tira ou de toca 

Prender meu pescoço ou calar minha boca, 

Fazendo uma sombra só de pesadelo. 


Notas: 

* "Deixar as barbas de molho" é um ditado popular que significa ter precaução. 

Versos acima: 16 hendecassílabos com rimas interpoladas abba-accddeef-fggf. 

_______________________________ 

DEMOCRACIA ARRISCADA 

Versos: 26 decassílabos. 

Valdir Loureiro 


Ficou muito arriscado eu escrever 

Com o receio de ser um censurado, 

Sob o jugo de ser prejudicado, 

Sem direito a sequer me defender. 


Quando exponho uma crítica a fim de ser 

A favor de uma turma, aldeia ou povos, 

É preciso escrever, "pisando em ovos", 

Porque não sei o que vem adiante. 


Um leitor da política intrigante 

Que não goste da minha opinião 

Pode até cavar cova ou punição 

E excluir minha página informante. 


Quem é contra um governo atual, 

Chama alto pela democracia, 

Mas levanta os braços da tirania 

Para o seu plano governamental. 


Esse quer receber voto e aval 

Para ser democrático do seu modo 

Como quem quer dizer "sou eu que rodo 

A ciranda política e financeira". 

 

"Inclusive a justiça brasileira 

Vai passar pelo meu laço seguinte: 

Vou fazer mais outra Constituinte: 

Assembleia que jogue na fogueira 

Quem não queira descer lisa ladeira 

Onde seja humilhado e pedinte. 

_______________________________ 

DEMOCRACIA FARDADA 

Versos: 24 hendecassílabos ritmados. 

Valdir Loureiro 


Não sei qual é o nome da democracia 

Em que uma pessoa não pode falar 

Sobre uma eleição na qual não se confia 

Nem quanto ao direito de fiscalizar. 


Será democrático o direito a assaltar 

E alguém invadir uma propriedade? 

Tomar uma casa que algum filho herdar, 

Não se distinguir uma sexualidade? 


Será um processo democratizado 

Fazer eleição e não certificar 

O nome ou número de quem foi votado, 

Ficando quem vota com a dúvida no ar? 


A democracia legítima é a do povo.  

Um povo passeia no seu movimento,  

Mostrando o anseio do antigo e do novo,  

Unido em barraca de acampamento. 


Se um povo quiser um quartel, regimento, 

A fim de livrar-se das ondas hostis,  

E tem força armada que é do seu país, 

Poderá ficar junto a essa, encostado? 

"As Forças Armadas são o povo fardado...",* 

Livrando a Nação de um momento infeliz 

(Que, se for mandado, provém de um juiz; 

Que, se for mandato, é de um cargo ocupado).  


Nota:  

*Para ver a frase aludida, clicar abaixo: https://5imperiooencobertoesperado.blogspot.com/2018/07/o-documento-real-oficial.html?m=1. 

_______________________________  

PATRIOTISMO E A BANDEIRA DO BRASIL. Alusão ao Dia da Bandeira Nacional, 19 de Novembro 


Contém 47 versos no seguinte roteiro temático: 

1- SER PATRIOTA 

2- "PÁTRIA AMADA, BRASIL" 

3- CORES DA BANDEIRA BRASILEIRA 

4- PATRIOTISMO E OLAVO BILAC 


1- SER PATRIOTA 

Valdir Loureiro em 7 redondilhas maiores 


Não sou um ser apolítico:

Sou patriota sob ordem.

Subo o mastro e um olhar crítico

Contra os que "pintem e bordem".


Jurei, de qualquer maneira, 

Defender Nossa Bandeira, 

Mesmo que "os rubros" discordem. 


2- "PÁTRIA AMADA, BRASIL" 

Valdir Loureiro em 10 decassílabos 


Ó Brasil, Pátria Amada, que eu tenho 

no meu peito como uma guarnição 

à qual devo total dedicação 

na incerteza e nas crises em que eu venho.


Os teus Símbolos enfeitam o meu empenho. 

Sou fiel por amor e juramento. 


Quero, pois, o teu desenvolvimento 

com a ordem e o progresso que é o lema 

da Bandeira e da Terra de Iracema 

e do livro onde está o meu nascimento. 


3- CORES DA BANDEIRA BRASILEIRA 

Valdir Loureiro em 16 hendecassílabos 


Sou verde e amarelo, branco e azul também, 

As cores da minha amada  Bandeira; 

Não é de outra origem, mas sim, brasileira: 

Símbolo Nacional que o meu País tem. 


Mas ouvi falar em político "refém 

De cores estranhas" à coloração 

Que reluz aos olhos do meu coração 

E faz-me feliz como bom brasileiro. 


Duvido de cor ou matiz estrangeiro 

Que chegue, mudando de nome e de planos 

Para o meu Brasil, que tem duzentos anos 

De independência bem comemorados. 


Na minha Bandeira, desfilam bordados 

Com as cores dos ideais republicanos, 

Vibrando ao sopro dos ventos ufanos, 

Enquanto é içada por bravos soldados. 


Versificação acima com 16 hendecassílabos ritmados e divididos em 4 quartetos com rimas interpoladas (abba-accd-deef-fggf). 


4- PATRIOTISMO E OLAVO BILAC 

Valdir Loureiro em 14 hendecassílabos 


Nem foice e martelo, nem a cor vermelha 

E nem outro símbolo do comunismo: 

Nada disso existe no patriotismo 

Que eu reconheço e o meu peito espelha. 


A paz que eu desejo não joga centelha; 

Sua luz reluzente é do Amor Brasileiro. 

Tem "Ordem e Progresso", o lema pioneiro; 

E a minha Bandeira é verde e amarela. 


É azul e branca; não se remodela. 

É o Pavilhão Nacional consagrado. 

E, para o Brasil, é mais um símbolo amado. 


Com a minha Bandeira, eu sou "carne e unha". 

Olavo Bilac* é minha testemunha 

Lá, onde estiver, no seu canto sagrado. 

 

Notas: 

1) *O Hino da Bandeira Brasileira tem letra do poeta Olavo Bilac. 

2) Último poema acima com intenção de soneto. 

3) Para ver a data aludida, clicar abaixo: 

https://www.calendarr.com/brasil/dia-da-bandeira/.

4) Símbolos nacionais do Brasil: 

a Bandeira Nacional, as Armas Nacionais, o Selo Nacional e o Hino Nacional. 

https://www.calendarr.com/brasil/dia-dos-simbolos-nacionais/. 

_______________________________  

GOVERNO DO PRESIDENTE BOLSONARO 

Versos: 35 decassílabos 

Valdir Loureiro 


Ao falar sobre o atual Presidente 

Do Brasil, sem sentido eleitoral, 

Também ouço o dizer de muita gente 

De que ele é um gigante nacional. 


Combateu a Covid mundial, 

Pandemia que um diabo inventou. 

Guerra externa não o influenciou 

Para entrar no conflito em paralelo. 


Ama o nosso Brasil verde e amarelo... 

Deu auxílio a quem é necessitado 

Sem excluir o autônomo esforçado 

Que trabalha para sobreviver. 


Criou o "pix" a fim de resolver 

Transferência ou pagamento em dinheiro. 

Ao tirar esse nicho do banqueiro, 

Com certeza, tirou lucro também. 


Os impostos caíram ou se mantêm 

A uma altura que eu consigo alcançar. 

Altos preços tiveram de baixar. 

Combateu "lockdown" e fechamento. 


No governo, juntou-se ao Parlamento 

No sentido de ter mais harmonia 

Contra outro poder que não filia 

A justiça com a força e a transparência. 


Bolsonaro ficou na Presidência 

Com a luta, sem ter nenhum partido. 

Governou desse jeito, mas querido 

Por quem tinha confiança em seu modelo. 

Aumentou a governabilidade, 

Diminuiu a criminalidade.

Acabou com desmando e desmantelo... 

E deixou marca de honestidade. 


E afinal, eu vou fazer uma pausa, 

Porque é tanta obra feita que causa 

Impressão de que estou fazendo apelo. 

_______________________________  

HIPÓTESE PROVÁVEL DA REELEIÇÃO 

Versos: 21 hendecassílabos 

Valdir Loureiro 


O Brasil já teve duas reeleições. 

E agora bem pode fazer a terceira. 

E na próxima sequência de votações, 

Vai ouvir a voz da Nação brasileira. 


O País precisa "pular a fogueira"  

Do fogo do inferno do tal comunismo, 

Regime contrário ao capitalismo, 

Porém não confio na sua comuna. 


Essa é radical, abre e fecha lacuna 

Com a chave de fenda e boca socialista. 

Já li na Internet que foi comunista. 

Mas, talvez me diga que isso é fakenew. 

O "Site" está púbico para quem não o viu. 


A ordem e o progresso que há no Brasil 

Não podem entregar-se a um sistema vil 

Com a enganação de uma ordem comum 

Que obrigue a pessoa a ficar em jejum,  

Refém de governo, de modo servil;  

Ou a vender o almoço para comprar janta 

Sem ter um presidente que lhe garanta 

Não entrar pelo cano da fome ou funil. 

_______________________________  

REELEIÇÃO PRESIDENCIAL: "pisando em ovos" 

Versos: 22 hendecassílabos 

De: Valdir Loureiro


Se eu quero escrever sobre esta campanha 

Que fala em eleição presidencial, 

Vou "pisando em ovos", porque um tribunal 

Pode achar ilícita a minha façanha. 


Eu quero arriscar-me a dizer quem ganha. 

Porém tenho medo de ser convocado 

A justificar meu palpite acertado 

Se eu disser que sou verde, azul e amarelo...  


Faço o meu poema e arquivo no prelo. 

E tenho outro medo de, agora e depois,  

Não poder escrever 2022 

Porque tem o número de um candidato 

Que fala a verdade, longe de boato,  

E está pleiteando a reeleição. 


Mas, se eu for chamado aqui à atenção, 

Vou me defender com a licença da Ética; 

Não seja punida uma fala poética 

Se não cita nome de gente ou partido. 

E afinal, se isso também for proibido, 

Aí sei que estou submetido a um regime 

No qual, se eu falar em reeleição, é crime, 

Ainda que não seja alguém ofendido. 


Nota: o poema acima não contém nenhuma palavra no plural. 

_______________________________ 

SEM ECONOMIA, COM ESTOURO DE GASTOS: 


1- BANCADA COM ESTRONDO FISCAL 

Versos: 20 decassílabos ritmados. 

Valdir Loureiro 


Proposta de Emenda Constitucional, 

Levando o governo a fazer um estouro 

Que nem a Amazônia coberta de ouro 

Consiga pagar o seu rombo final... 


Se o Brasil entrar nesse rol desleal, 

Eu digo que é mais outro fim de um colosso;  

Que se vai chegar ao fundo de um poço, 

Sem ter como dar fim na força do Mal. 


Sem mais responsabilidade fiscal 

Que tem o limite ou o teto dos gastos, 

A casa cai sobre os projetos nefastos, 

Mas os seus autores escapam em mansões. 


Não digo que serão larápios, ladrões, 

Porque podem agir como aquele rei 

Que faz absurdo de acordo com a lei 

Ou emenda constitucional aprovada. 


E quem não gostar dessa conta estourada 

Vá trabalhar mais para pagar o rombo,  

Mesmo que não mais se levante do tombo 

E perca a herança para essa bancada. 


NOTA: hendecassílabos (versos de 11 sílabas métricas) em 5 quartetos de rimas intercaladas abba-acca-adde-effg-ghhg. 


2- CONTRAENDIVIDANENTO PÚBLICO 

Versos: 14 decassílabos. 

Valdir Loureiro 


Uma dívida astronômica, não a faças, 

que eu não sei como poderás pagar. 

Se gastares demais, virão desgraças 

E nem sabes onde é que vais parar. 


Como podes viver para gastar 

mais bilhões do que tem o teu erário? 

Precisavas de um Brasil planetário 

para ter essa estrela gastadora. 


Tua receita arrecadadora 

não sustenta esse peso de moeda. 

A falência vai te dar uma queda.  


Só Deus sabe dizer por onde cais. 

Tens de aprender a não gastares mais 

do que teu cofre público tem ou veda. 


Notas: 

"contraproposta" do estouro fiscal. 

Versificação acima com 14 decassílabos em 2 quartetos e 2 tercetos e rimas abab-bccd-dee-ffe. 


3- MEU NOME É PEC DO ESTOURO DE GASTOS 

Versos: 61 redondilhas maiores.  

Valdir Loureiro 


Meu P é de Presidente, 

Meu E é de Explosão,  

Meu C é de Combustão, 

Porque eu sou máquina quente. 


Passando por contingente, 

Sou PEC da transição. 

Sou a PEC perdulária 

Em matéria monetária 

Sem limite do cartão. 


O meu nome agora é PEC. 

O Gasto vai ser meu guia. 

Sou PEC da anarquia. 

Só não sou PEC do IPEC. 

Sou PEC da pescaria. 

Dando esmola em Brasília, 

PEC da bolsa família. 

PEC da Democracia 

Só tem os perfis que eu seja. 


Sendo PEC da cerveja, 

Vou ser PEC da picanha. 


Sou PEC do perde-e-ganha,

Contanto que seja eu 

A reinar no apogeu 

E outro sofra e, por mim, peque. 


PEC do pé-de-moleque,  

Também sou na minha mesa 

legislativa, mas presa 

Ao valor que eu indicar. 


Proposta que eu emendar 

Vai ser a PEC da emenda 

Para que eu sempre defenda 

Meu direito de gastar 

Dinheiro a preço de ouro. 


E eu sou a PEC do estouro 

Com minas para explorar. 

Não me importa se estourar 

Bolsa e a boca do balão. 


Na hora da refeição, 

Sou a PEC do bifê. 


Agora veja você 

Se eu preciso trabalhar! 

Eu vivo para aprovar 

Banco e PEC demodê. 

Sou também PEC do toque,  

Fazendo gasto a galope. 

Do Leviatã, sou bebê. 


Apêndice: 

O meu proceder não presta, 

Mas vou fazer essa festa, 

Que a população é honesta 

E vai pagar todo embalo. 

Andei a pé lá por fora 

De um governo, mas agora 

Tenho onze pares de espora... 

Só falta besta e badalo. 


Advertência: 

Porém é bom que eu lhe diga 

Que "ninguém faça e nem siga 

O meu exemplo mostrado"  

De um presidente estourado 

Que nunca encheu a barriga 

E deixa um país quebrado. 

Não queira entrar nessa briga! 

_______________________________ 

COMUNA DA MALDIÇÃO POLÍTICA 

Valdir Loureiro 

SUBTEMAS: invasão, extorsão, confisco, assalto, unigênero, humilhação, preguiça, maconha, criminalidade, maldição. 

Versificação "de fôlego", tendo 68 decassílabos. 


SUBTEMAS 


1- Invasão de terra e casa: 

Dói em mim ver o meu Brasil em vias 

De cair nas mãos de um comunismo 

Que apronte invasão e vandalismo, 

Atacando terreno e moradias. 


2- Filho deserdado: 

Como é triste pensar no mau poder 

De um mandato que ainda  possa vir: 

Presidente capaz de extorquir 

A herança que o meu filho vai ter. 


3- Extorsão da herança: 

Um direito que acabe com a herança 

Fique lá para quem é comunista, 

Quem não gosta de um patrimonialista 

Que trabalha dia e noite e mal descansa. 


4- Confisco da poupança: 

Como é que eu vou ter segurança 

De guardar meu dinheiro em caderneta, 

Se um governo pegar sua caneta 

E tomar meu dinheiro na poupança. 


5- Permissão de assaltar: 

Presidente que permita assaltar, 

Eu não quero ver nem na Internet  

Pois, com a mesma permissão, compromete 

O recurso que vai arrecadar. 


6- Sanitário unissex: 

Eu não quero um programa de esperança, 

Esperando o meu filho no colégio, 

Para usar um banheiro em privilégio 

Onde a filha de alguém faz sua trança. 


7- Esmola humilhante: 

O dinheiro da bolsa de família, 

Talvez, volte a ser tal qual uma esmola 

Para a gente ir levando na sacola 

Com alimento, e sem ter uma mobília. 


7.1- Preguiça de trabalhar: 

Uma esmola vicia um cidadão 

Que não quer uma vaga de trabalho, 

Não procura um emprego, um quebra-galho, 

Não levanta sequer os pés do chão. 


7.2- Suor do ofício: 

Quem trabalha, "pegando o sol com a mão"; 

Quem derrama suor e vai à escola, 

Envergonha-se de pedir esmola. 

Mas trabalho não é humilhação. 


8- Legalização da maconha: 

Com o Brasil, eu vou ter um sobressalto, 

Porque dizem que não se tem vergonha 

De uma legalização da maconha, 

Celular ser tomado de assalto. 

 

Nota: versificação acima com decassílabos ritmados em quartetos de rimas intercaladas abba. 


9- Criminalidade 

Versos: 10 decassílabos. 

Valdir Loureiro 


O momento ficou imprevisível 

Com sequestro, assalto e arrombamento. 

E agora existe um pensamento 

De que nem todo assalto é punível. 


Se o Brasil continuar nesse nível, 

Eu pergunto onde é que vai parar: 

É nas mãos de quem gosta de matar? 

Ou nos pés de alguém que defender 

Criminoso que venha cometer 

A tomada de assalto a celular? 


10- Maldito barril 

Valdir Loureiro 

Versos: 18 decassílabos. 


Corre um medo de que o nosso Brasil, 

Se caísse nas mãos da oposição, 

Passaria a receber um barril 

Com a pólvora infeliz da maldição. 


Nessa hipótese, haveria explosão 

De ataques, de briga e de assalto, 

Apoiados por gente de um planalto, 

Um comando vermelho ou de outra cor. 


E talvez chegasse guerra e terror, 

Tudo quanto mais fosse necessário 

Para haver um poder totalitário, 

Dominando as pessoas e as terras 

Nos sertões e nos mares e nas serras, 

Assembleia, morada e oratório. 


Mal governo, perverso e tão inglório 

Que o seu povo morreria de fome,  

Sem ficar nem o óbito com o nome,

Sem falar no efeito migratório. 

_______________________________   

ASSALTO NO BRASIL 

Versos: 13 decassílabos ritmados. 

Valdir Loureiro 


Com o Brasil, tenho hoje um sobressalto, 

Porque dizem que não se tem vergonha 

De uma legalização da maconha, 

Celular ser tomado de assalto. 


Acredito no poder de um planalto 

Que não deixe essa onda prosperar. 

No assalto, um ladrão pode matar 

Se a vítima não entregar um produto. 


Assaltante com o seu salvo-conduto 

Pode seguir, fazendo o seu papel 

De roubar, de matar gente a granel. 

Isso é ter muita lei de jogo bruto, 

Muito pior que uma torre de babel. 

_______________________________ 

TRAGÉDIA COMUNISTA 

Versos: 14 decassílabos ritmados. 

Valdir Loureiro 


Você sabe o que é o Comunismo? 


É um sistema perverso e carniceiro 

Que, no bom pensamento e idealismo, 

Não combina com o meu ser brasileiro. 


Veja lá, em um País estrangeiro, 

Onde reine um império comunista, 

Como é que ainda subsista 

Vida, após seu poder tomar as rédeas: 

Se não é sob a sina das tragédias 

Que não deixam o Menor viver feliz; 

Se não foge alguém para outro País, 

À procura de água e de alimento. 


Esse é o meu medo com o tormento 

Que nenhum socialista aqui me diz. 

_______________________________ 

COMUNISMO DEPOIS DA MORTE 

Valdir Loureiro 


Dizem que, sepultando um comunismo, 

Sem rezar a missa de Sétimo Dia, 

Sem um prazo do seu absentismo, 

Para a Morte dar sua garantia, 

Ele pula fora da cova fria 

E começa de novo a fazer guerra: 

Pega gente ainda viva e enterra; 

Para cada pessoa, tem três foices; 

Com a da Morte, são quatro, para os coices 

Nos cristãos que destrói a ferro e fogo. 


Tanto é bruto como é bruto o seu jogo 

No poder, na política e governança. 


Com o demônio, faz pauta e semelhança. 

Se não lhe dão a mão e o pé que quer, 

Dá o prato, sem pão e sem colher. 

Volta o lobo, guardando a ovelha mansa. 


Nota: versificaçãoacima com 16 decassílabos ritmados. 

_______________________________ 

OVELHA COMUNISTA 

Versos: 16 decassílabos ritmados. 

Valdir Loureiro 


Por que não há debate moderado 

Com um amigo da linha comunista? 

Um que eu tenho já se afastou da lista 

Porque não quer ser mais questionado. 


Para esse, eu sou o único errado, 

Pois não sabe dar direito a quem tem. 

É só ele que pode (e mais ninguém). 

Esse vem dos ilustres radicais. 


Mais que isso não precisa ser mais. 

Levantei a mão com a bandeira branca. 

Pedi paz, porém ele faz carranca, 

Em silêncio, soltando uma centelha. 


Sobe a mão com uma bandeira vermelha 

E eu me calo, sem o interlocutor. 

Faço como se eu fosse um bom pastor 

Que não perde a amizade da ovelha. 

_______________________________ 

ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE DO BRASIL 

Versos: 12 hendecassílabos ritmados. 

De: Valdir Loureiro 


Já ouvi falar em cidade e pessoas, 

Querendo votar para bem eleger 

Patrão que defenda o direito de ter 

Segurança pública em todas as proas. 


Um bom presidente com a faixa e coroas 

Da honestidade e do patriotismo; 

Do verde e amarelo... e do capitalismo,  

Pois esse, apesar de exigir do seu time, 

É muito melhor que viver em um regime, 

No qual se trabalhe para sustentar 

Pessoas que não gostem de trabalhar 

E outras que usem a arma do crime. 

_______________________________ 

NORDESTE DO BRASIL: eleição presidencial 2022. 

Versos: 24 decassílabos. 

De: Valdir Loureiro 


É estranha a união que aconteceu 

Nos Estados do meu grande Nordeste, 

Que, de uma cor vermelha, já se veste,  

Diferente do colorido seu. 


Não consigo enxergar o País meu, 

Adotando um sistema contorcido.  

Não precisa o Brasil ser dividido  

Pelo voto no solo nordestino. 


Tenho medo da morte e do assassino, 

Tudo que pode entrar nessa questão. 

Para que serve uma separação? 

Eu não sei, porque eu já sou do Brasil. 


Meu coração não é mais infantil 

Para cair no laço de armadilha. 

Meu País é uma rica maravilha 

Que alguns estrangeiros já procuram, 

Perseguidos por mãos que os torturam,  

Como dizem pelas publicidades. 


Logo, eu quero as 27 Unidades 

Da República ou da Federação 

Na política, mantendo a União 

Sem mudar nem de cor, nem de entidades. 

Que o Nordeste não seja outra Nação 

Nem altere as suas identidades! 

_______________________________  

URNA ELETRÔNICA MISTERIOSA: 


URNA, PIADA DE SALÃO 

Versos: 21 decassílabos. 

Valdir Loureiro 


Como é que eu vou contar o dinheiro 

De um cofre aonde eu não tenho acesso? 

Como é que eu vou entrar no processo 

Cuja senha estiver com outro chaveiro? 


Código-fonte é a chave do roteiro 

De um sistema de urna e votação? 


Ocorreu uma piada de salão* 

Quando "um pio disse" que eu podia ver 

Em quem foi que votei e ainda crer 

Que eu faria uma fiscalização, 

Dando, pois, uma certificação 

De que tudo saiu corretamente 

Na eleição para eleger presidente 

Da entidade que eu fosse escolher. 

 

Sem ter código ou fonte correspondente 

Do sistema, para eu poder abrir 

O portal que pudesse permitir 

O acesso ao segredo existente; 

E sem ter como a tudo conferir, 

Foi risada para o meu contingente, 

Mas eu "não dei um pio" e nem quis rir. 


Notas: 

A versificação acima não tem palavra no plural. 

* Piada de salão: piada leve, de conteúdo engraçado, sem obscenidade, que pode ser contada entre pessoas mais requintadas. 

https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/piada. 

_______________________________  

URNA DO SISTEMA FECHADO 

De: Valdir Loureiro 


Há rumores de uma votação 

Programada por meio de um sistema 

Tão fechado tal como é uma gema 

E uma clara por dentro de um ovão. 


Só não digo que houve enganação 

Porque não vou achar prova da fraude. 

E eu não quero que uma justiça maude 

Meu dizer, com sua interpretação. 


Um sistema fechado funciona 

Com uma fonte que, a alguém, pode prever 

Qual será o resultado que vai ser 

Ao somar o total de cada zona. 


Não aceita nenhuma ingerência 

Que desvende o segredo em seu roteiro. 

Tendo ou não a alternância e concorrência, 

Já diz logo quem vai chegar primeiro. 

 

Versificação acima com 16 decassílabos ritmados em 4 quartetos.  

_______________________________ 

URNA ELETRÔNICA: não sei do meu voto 

Valdir Loureiro 


A Urna Eletrônica não viu o meu poema, 

Pedido aos amigos nem oração minha; 

Escondeu o jogo das cartas que eu tinha 

E esforço empregado com atenção extrema. 


Usei adesivo, cartaz e emblema; 

Viajei às carreiras, subindo ladeira. 

Fiz coro, cantando o Hino à Bandeira. 

Porém não venci um esquema eletrônico.


Até me lembrei de senador biônico: 

Daquele mandato sem ter eleição, 

Que exerce o cargo por indicação. 

Mas a votação era de presidente. 


Meu voto é um número e número não mente. 

Só não sei se foi pela urna contado 

Para o nome que eu deixei lá, digitado, 

Ou se foi para outro nome concorrente.  

 

Versificação acima com 16 hendecassílabos ritmados em 4 quartetos. 

_______________________________  

CABINE ELEITORAL DO MEU RECLAMO 

Versos: 16 Decassílabos ritmados. 

De: Valdir Loureiro 


Não consigo parar de reclamar 

A respeito do que aconteceu: 

Eu não sei se o meu voto era o meu 

E se foi para quem eu quis levar. 


Senti meu coração quase parar 

Quando vi um funesto resultado. 

Perguntei se o meu voto foi contado. 

Mas ninguém, ninguém soube responder. 


Como é que isso pode acontecer 

No Brasil, meu país das maravilhas 

Onde o vento que sopra vem das trilhas 

Mais sonoras que eu já pude escutar? 


Eu não posso, doutor, referendar 

Um estrago de dúvida e malvadeza 

Que encheram os meus olhos de incerteza 

Na cabine do voto que eu fui dar. 

_______________________________  

URNA ELEITORAL DAS TREVAS 

Versos: 17 Decassílabos. 

De: Valdir Loureiro 


Hoje eu vou falar mais quanto a uns vícios 

Que abalaram a força da Virtude, 

Esperando que os meus sacrifícios 

Tenham mais patriota que me ajude. 


Até hoje, eu procurei como pude 

Defender o Brasil dos atacantes 

Que são bons nos seus jogos intrigantes 

E venceram os heróis nacionais. 


Nessas eleições presidenciais, 

Resisti aos ataques de pessoas 

Iludidas com vozes e canoas 

Oriundas de águas tempestuosas. 


Mas aqui se tornaram vitoriosas 

Quando usaram uma urna com teclado, 

Sem provar em quem o voto foi dado. 

É uma urna de teclas tenebrosas 

Que deixou o meu título amedrontado. 

_______________________________  

 SEM COMPROVAR QUEM RECEBE O VOTO?  

Versos: 10 Hendecassílabos 

Valdir Loureiro 


Insisto em saber por que uma justiça 

Não deixa imprimir-se o meu voto na urna; 

E obriga o eleitor a um sistema que enfurna 

O voto na máquina sem outra premissa. 


Sufrágio secreto virou causa omissa? 

E o que essa justiça está escondendo? 


Qual é o motivo de juiz, querendo 

Fazer votação de sistema fechado 

Em que o voto não seja certificado 

Perante o eleitor? Isso é que eu não entendo. 

_______________________________

URNA ELEITORAL: voto eletrônico e impresso 

Versos: 13 hendecassílabos. 

Valdir Loureiro 


Se a urna eletrônica fosse a via clara, 

secreta e segura para o eleitorado, 

alguém ficaria assim, tão empenhado, 

gastando dinheiro em propaganda cara? 


Essa conta é paga por uma seara 

que está interessada na automação? 


Eu quero a cabine com a votação 

onde o meu sufrágio possa ser impresso. 


A urna é o local onde o voto é confesso. 

Mas quero um papel com o meu ato escrito, 

para eu conferir se o meu veredito 

foi, sim, decretado por mim com sucesso, 

não tendo "mão boba" e nem fraude no rito. 

_______________________________ 

 ALUSÃO AO NÚMERO 22 

Versos: 25 hendecassílabos 

Valdir Loureiro 


Agora eu já sei como vou referir-me, 

Com tranquilidade, ao valor 22, 

A fim de evitar que precise ir depois 

Cumprir punição de quem possa inquirir-me. 


Eu nunca pensei que chegasse a atingir-me 

A insegurança também nessa ponta 

Que lança a hipótese de eu não fazer conta 

Na qual apareça um número proibido. 


De público notório, isto é garantido: 

22 é um ano de nova eleição. 

22 tem esta significação: 

Poder e trabalho e empreendedorismo.¹


Pode se juntar mais ao capitalismo 

Que faça conta dos méritos laborais. 

22 são dois algarismos iguais 

Que vão além dessa harmônica igualdade. 

 

Simboliza esta curiosidade 

De não ter dúvida para um descobridor: 

22 de Abril é da Pátria um valor.² 

22, talvez, tenha mais diretriz. 


Quem sabe seja repetição feliz 

Para um brasileiro como eu, com temor, 

Embora não corte um mal pela raiz. 

 

Notas: 

¹https://www.astrocentro.com.br/blog/numerologia/significado-numero-22-numerologia/. 

²22 de Abril: descobrimento do Brasil. 

_______________________________ 

MONOJUIZCRACIA: governo de um só juiz. 

Clicar abaixo e abrir no Chrome: 

https://www.recantodasletras.com.br/poesias-do-social/7175937.

______________________________ 

______________________________ 

APÊNDICE EM VERSO AOS POEMAS 

Valdir Loureiro 


Dodecassílabos, Hendecassílabos, Decassílabos e Redondilhas Maiores 


ROTEIRO TEMÁTICO DO APÊNDICE: 


NORDESTE DO BRASIL: eleição presidencial. 

RONCO DA MINHA CUÍCA ELEITORAL. 

ASSALTO SEM PUNIÇÃO? 

VOTO SEM COMPROVANTE.  

REELEIÇÃO: "pisando em ovos". 

ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE DO BRASIL. 

FORÇA PRESIDENCIALISTA 

      FORÇA E CRITÉRIO 1. 

      FORÇA E CRITÉRIO 2. 

CORRIDA PRESIDENCIAL. 

BARRIL DA MALDIÇÃO. 

SALVAÇÃO DA PÁTRIA. 

PLEBISCITO PRESIDENCIAL. 

PERIGO ELEITORAL. 

VERMELHO SANGUINÁRIO.  

PESQUISA DE CARTA MARCADA.  

DESCRÉDITO DA PESQUISA ELEITORAL.  

PERFIL DE PREFERÊNCIA.  CANDIDATURA APAGADA. 

MODERAÇÃO DE PODER.  

__________________________________ 

"CONTEÚDO EM VERSO" 


NORDESTE DO BRASIL: eleição presidencial 

Versos: 24 Decassílabos. 

De: Valdir Loureiro 


É estranha a união que aconteceu 

Nos Estados do meu grande Nordeste, 

Que, de uma cor vermelha, já se veste,  

Diferente do colorido seu. 


Não consigo enxergar o País meu, 

Adotando um sistema contorcido.  

Não precisa o Brasil ser dividido  

Pelo voto no solo nordestino. 


Tenho medo da morte e do assassino, 

Tudo que pode entrar nessa questão. 

Para que serve uma separação? 

Eu não sei, porque eu já sou do Brasil. 


Meu coração não é mais infantil 

Para cair no laço de armadilha. 

Meu País é uma rica maravilha 

Que alguns estrangeiros já procuram, 

Perseguidos por mãos que os torturam,  

Como dizem pelas publicidades. 


Logo, eu quero as 27 Unidades 

Da República ou da Federação 

Na política, mantendo a União 

Sem mudar nem de cor, nem de entidades. 

Que o Nordeste não seja outra Nação 

Nem altere as suas identidades! 

__________________________________  

RONCO DA MINHA CUÍCA ELEITORAL 

Versos: 32 Decassílabos 

Valdir Loureiro 


Epígrafe de Dom e Ravel: 

"O céu do meu Brasil tem mais 'estrelas'...".  

Clicar abaixo para ver a letra e a música "Eu te amo meu Brasil". 

https://m.letras.mus.br/dom-ravel/979917/. 


RONCO DA MINHA CUÍCA ELEITORAL 

Vou dizer a quem entra neste encarte  

Que o Recanto das Letras tem lugar 

Que permite a um leitor opinar 

Desde que se respeite cada parte. 


Agradeço o que vem da sua arte 

Com a intenção de jogar para a plateia. 

Você pode externar a sua ideia 

À medida que seja a sua bronca. 


Mas o som da minha cuíca ronca 

Ritmado com sambas e cordões 

Brasileiros que vêm de duas nações: 

Portugal e especialmente Angola. 


E eu gostava de ouvir na minha Escola 

A cantiga "Eu te amo, meu Brasil" 

Dos cantores, uma dupla civil, 

Dois artistas que são Dom e Ravel. 


Dizem que sou parente de Raquel 

De Queiroz, que é uma escritora querida. 

Digo assim uma mistura extraída 

Do que foi o meu estudo e cultura. 


Com outro autor, eu faço uma partitura 

Desde que se mantenha a harmonia. 

Minha Escola não tem ideologia 

Que unifique banheiro de aluno. 


Não me envolvo e nem me coaduno 

Com a invasão de terra e de propriedade 

Na Internet, no campo e na cidade 

Nem concordo com roubo de galinha. 

Eu não sei o que já disseram as togas, 

Mas sou contra legalizar as drogas. 


Se outro autor encontrar-se nessa linha, 

Nós podemos, em paz, interagir; 

Mas, se não, o que eu tenho a repartir 

São estrelas da Amada Pátria minha. 


Valdir Loureiro  

__________________________________  

ASSALTO SEM PUNIÇÃO? 

Valdir Loureiro 

Versos: 10 Decassílabos ritmados 


O momento ficou imprevisível 

Com sequestro, assalto e arrombamento. 

E agora existe um pensamento 

De que nem todo assalto é punível. 


Se o Brasil continuar nesse nível, 

Eu pergunto onde é que vai parar: 

É nas mãos de quem gosta de matar? 

Ou nos pés de alguém que defender 

Criminoso que venha cometer 

A tomada de assalto a um celular? 

__________________________________ 

VOTO SEM COMPROVANTE 

Valdir  

Versos: 10 Hendecassílabos 


Insisto em saber por que uma justiça 

Não deixa imprimir-se o meu voto na urna; 

E obriga o eleitor a um sistema que enfurna 

O voto na máquina sem outra premissa. 


Sufrágio secreto virou causa omissa? 

E o que essa justiça está escondendo? 


Qual é o motivo de juiz, querendo 

Fazer votação de sistema fechado 

Em que o voto não seja certificado 

Perante o eleitor? Isso é que eu não entendo. 

__________________________________  

REELEIÇÃO: "pisando em ovos"  

Versos: 22 Hendecassílabos 

De: Valdir Loureiro 


Se eu quero escrever sobre esta campanha 

Que fala em eleição presidencial, 

Vou "pisando em ovos", porque um tribunal 

Pode achar ilícita a minha façanha. 


Eu quero arriscar-me a dizer quem ganha. 

Porém tenho medo de ser convocado 

A justificar meu palpite acertado 

Se eu disser que sou verde, azul e amarelo...  


Fiz mais de um poema e arquivei no prelo. 

E tenho outro medo de, agora e depois,  

Não poder escrever 2022 

Porque tem o número de um candidato 

Que fala a verdade, longe de boato,  

E está pleiteando a reeleição. 


Mas, se eu for chamado aqui à atenção, 

Vou me defender com a licença da Ética. 

Não seja punida uma fala poética 

Se não cita nome de gente ou partido. 

E afinal, se isso também for proibido, 

Aí sei que estou submetido a um regime 

No qual, se eu falar em reeleição, é crime, 

Ainda que não seja alguém ofendido. 


Valdir Loureiro 

 

Particularidade: o poema acima com 22 versos não contém nenhuma palavra no plural, porque o Autor gosta de usar termo no singular, na tentativa de ser muito simples. 

_________________________________  

ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE DO BRASIL 

Versos: 12 Hendecassílabos ritmados 

De: Valdir Loureiro 


Já ouvi falar em cidade e pessoas, 

Querendo votar para bem eleger 

Patrão que defenda o direito de ter 

Segurança pública em todas as proas. 


Um bom presidente com a faixa e coroas 

Da honestidade e do patriotismo; 

Do verde e amarelo... e do capitalismo,  

Pois esse, apesar de exigir do seu time, 

É muito melhor que viver em um regime, 

No qual se trabalhe para sustentar 

Pessoas que não gostem de trabalhar 

E outras que usem a arma do crime. 

_________________________________ 

FORÇA PRESIDENCIALISTA 

Valdir Loureiro 

Versos: 20 Redondilhas Maiores 


A força do Presidente 

da República do Brasil 

Está no mundo civil 

Revisto publicamente. 


Querido por muita gente, 

Enfrenta o clima e o palanque.

Bem sabe como alavanque 

Política, eleição e voto.


Motociata com foto 

Sem precisar de esforço. 

Motoqueiro é um reforço, 

Além do caminhoneiro. 


Seu percurso costumeiro 

É demais para ele andar. 

Obras que foi terminar 

Deixadas por quem não fez 

A obrigação da vez.  

Mas faz ele em seu mandato. 


É um presidente de fato, 

De verdade e de direito 

Para vencer outro pleito, 

Cobrando imposto barato. 

 

CRISE E CRITÉRIO 1 

Valdir Loureiro 

Versos: 22 Decassílabos 


Quando alguma Nação está em crise, 

Convém ela adotar algum critério. 

O Brasil pertence a um hemisfério 

Onde os pés comunistas têm quem pise. 

Entrou em um País e faz reprise, 

Ingressando em mais outro e agora vem 

Entranhar-se aqui, no Brasil, também. 

Não sei como isso está acontecendo... 


Sei que intelectual já vem sabendo, 

Porém uma reação, não esboça. 

E quem sabe até faça "vista grossa", 

"Corpo mole" e, talvez, "braços cruzados". 


Brasileiros estão amedrontados 

Com a presença desse novo estrangeiro, 

Pois há sempre um de fora e traiçoeiro 

Que depois de tomar poder e trono, 

Passa a ter o comando e fica dono 

De qualquer território hospitaleiro. 


Eu não tenho experiência com dinheiro, 

Mas escolho o trabalho e o capital, 

Pois o capitalismo é menos mal 

Do que ter lucro e ser prisioneiro. 


CRISE E CRITÉRIO 2 

Valdir Loureiro 

Versos: 12 Decassílabos 


O segundo critério é consagrado. 

Aprendi lá, no Sétimo Mandamento: 

Não roubar, não furtar; e eu acrescento 

Que, uma vez, foi ao povo perguntado 

Qual seria o seu país desejado 

E foi dito que era um governo honesto. 

Tal resposta foi quase um manifesto, 

Mas frustrou-se, deixando de valer. 


Desta vez, tenho a chance de escolher 

Candidato com a força de mostrar 

Que já é presidente sem roubar 

Até hoje, nas rédeas do poder. 

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CORRIDA PRESIDENCIAL 

Valdir Loureiro 


Sou bem verde e amarelo, 

Sou demais azul e branco, 

Brasileiro feio e franco 

Do Ceará de Castelo. 


Vou fazer um paralelo 

Entre quem é presidente 

E quem já saiu da frente, 

Ficando por derradeiro. 


O presidente é primeiro 

Lugar na sua corrida. 

E o último já tem perdida 

A sua vaga, feito um morto. 


O primeiro tem conforto 

Com a vitória na mão 

Para ganhar a eleição 

Dentro da Granja do Torto, 

Defendendo a opinião 

Contra eutanásia e aborto.  

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BARRIL DA MALDIÇÃO 

Valdir Loureiro 

Versos: 18 decassílabos. 


Corre um medo de que o nosso Brasil, 

Se caísse nas mãos da oposição, 

Passaria a receber um barril 

Com a pólvora infeliz da maldição. 


Nessa hipótese, haveria explosão 

De ataques, de briga e de assalto, 

Apoiados por gente de um planalto, 

Um comando vermelho ou de outra cor. 


E talvez chegasse guerra e terror, 

Tudo quanto mais fosse necessário 

Para haver um poder totalitário, 

Dominando as pessoas e as terras 

Nos sertões e nos mares e nas serras, 

Assembleia, morada e oratório. 


Mal governo, perverso e tão inglório 

Que o seu povo morreria de fome,  

Sem ficar nem o óbito com o nome,

Sem falar no efeito migratório. 

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SALVAÇÃO DA PÁTRIA 

Valdir Loureiro 

Versos: 16 hendecassílabos. 


Eu sou governista com sinceridade, 

Por amor à Pátria e por obediência. 

Meu Chefe de Estado tem capacidade 

De enfrentar o oposto e a sua indecência.


Meu governo tem uma resiliência 

Que muitos políticos não demonstrariam. 

Combate inimigos que o contrariam, 

Não tem medo de ataque antigo ou moderno. 


Vai livrar a gente do fogo do inferno 

Que a oposição poderá acender. 

Por onde eu transito, costumo dizer 

Que este governo poderá salvar 

A Pátria do bando que a atacar. 

E Deus o proteja, fazendo por nós. 

Dê luz para ele ser o porta-voz 

Da grande Nação que tem de governar. 

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PLEBISCITO PRESIDENCIAL 

Valdir Loureiro 

Versos: 16 redondilhas maiores 


O que se fizer direito 

Não se desmancha depois. 

Os candidatos são dois,  

O melhor vai ser eleito. 


A votação deste pleito 

Corresponde a um veredito 

Que parece um plebiscito. 

À esquerda, o esquisitismo. 


À direita, o patriotismo  

Com o trabalho e o capital 

De valor nacional, 

Méritos do capitalismo 

Para um pleito eleitoral. 


E a Nação pode escolher 

"A cor que mais parecer  

Com a faixa presidencial". 

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PERIGO ELEITORAL 

Valdir Loureiro 

Versos: 12 hendecassílabos ritmados.  


Eu não me cansei de avisar a quem posso 

Que existe um perigo na coligação 

Filiada ao Mal e contra uma nação 

Sofrida por causa desse mesmo troço. 


Em vez dessa praga e perigo, eu endosso 

Um voto na causa do Bem Nacional 

Que enfrente e

e combata as ondas do Mal, 

Que traga a bonança e leve a tempestade. 


Navego no rio de uma sociedade 

Banhada por águas de doce sabor; 

Não quero salinas de alto teor 

Que produzam sal de infelicidade. 

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VERMELHO SANGUINÁRIO 

Valdir Loureiro  

Versos: 24 hendecassílabos ritmados 


Depois da Covid, surgiu nova onda 

Que me ameaça com outra doença. 

Talvez nem um médico saiba como vença 

O efeito político dessa coisa hedionda. 


É da cor vermelha qual sangue que ronda 

A roupa de alguém onde foi derramado; 

De onde saiu, lá deixou sepultado 

O corpo na cova e, no fundo, a esperança. 


Quem sabe confisque imóvel e poupança, 

Exclua o direito de ser brasileiro, 

Permita a entrada de um nome estrangeiro 

E faça pior do que a Covid fez, 

Matando de fome um país por mês 

E nem um real, deixe para um herdeiro. 


Versos acima: 14 hendecassílabos ritmados com rimas intercaladas abba-accd... 

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PESQUISA DE CARTA MARCADA 

Decassílabos de Valdir Loureiro 


De acordo com a pesquisa passada, 

Feita sobre a posterior votação, 

Resultou em tal especulação 

Que não era a opinião pública falada? 


Foi mais uma opinião publicada 

Que, no fim, também não se conferiu? 

Baixo número disparou, subiu. 

E elevada numeração desceu. 


A respeito da próxima, peço eu 

Que não seja uma coleta fraudada; 

Que a intenção de voto registrada 

Não imite a outra que a antecedeu, 

Parecendo que tem carta marcada. 


Versos acima: 13 decassílabos.  

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DESCRÉDITO DA PESQUISA ELEITORAL 

Decassílabos de Valdir Loureiro 


Como é que se acredita em pesquisa 

A respeito de voto ou eleição, 

Se, depois de ser feita a apuração, 

Passa longe dos números que ela avisa? 


Por si mesma, já se desmoraliza 

Quando erra em um percentual,  

Como foi na eleição presidencial 

Que ocorreu em outubro, dia primeiro?* 


Ganharia mais crédito ou dinheiro, 

Se achasse outro meio de viver 

Sem influência ou não se envolver 

Em propósito estatístico eleitoral? 


Poderia, talvez, ter mais moral, 

Comentando o final dos resultados 

Com a tendência dos votos apurados 

Para os nomes de cada candidato? 


"Tiraria uma pedra do sapato" 

Que calçou sem saber tamanho certo?  

E quem sabe passasse bem mais perto 

Da eleição, diagnóstico, e arriscasse 

Um palpite para quem não ganhasse 

E outro para quem foi vitorioso; 

Não contasse uma "história de um trancoso" 

Com a qual alguém se prejudicasse. 


Notas: 

*1° de outubro, 2022.

Versos acima: 24 decassílabos ritmados e rimas interpoladas. 

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PERFIL DE PREFERÊNCIA 

Decassílabos de Valdir Loureiro 


O Brasil quer um presidente caro 

De caráter honrado e honesto 

Que já fez recuperação do resto 

Recebido de outro sem preparo. 


Quero um que já deu provas de amparo 

Ao trabalho, ao comércio e à agricultura; 

Que livrou o País da ruptura 

Em um tempo de Guerra...¹ e Vírus...² raro. 


É o trigo do joio que eu separo, 

Escolhendo o perfil do presidente 

Que governe de novo, honestamente, 

Reforçado de apoio em toda instância. 


Fiz assim um retrato de importância 

Que, em ritmo de verso, já declaro. 


Onde existe incerteza, eu deixo claro 

Meu repúdio ao Muro...³ e à barreira. 


Quero vê-lo na posição primeira, 

Vencedor do punhal dos inimigos. 


Meu País nunca mereceu castigos 

Nem ataque, nem baque e nem doutrina 

Levantada por aves de rapina  

E o raposo do qual eu ouvi falar 

Que foi preso, mas conseguiu pular 

Tudo quanto foi cerca e paredão. 

Dizem que ganhou fama de ladrão. 

Aí, sim, vou ter de gostar de muro 

Para deixar meu porto bem seguro 

Contra roubo, assalto e invasão. 


Notas: 

¹ Guerra da Croácia. ² Vírus da Covide. ³ Muro de Berlim. 

Versificação acima com 28 decassílabos ritmados e rimas interpoladas. 

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CANDIDATURA APAGADA 

Decassílabos de Valdir Loureiro 


Eu não sei como pode um candidato 

Pretender ganhar uma presidência 

De república, se teve a penitência 

Do seu crime de roubo e peculato. 


Se espalha a mentira ou o boato; 

Se não diz o mal que fez, na TV; 

Se criou caixa dois, três... e o que 

Deixou mais um país endividado. 


Se empenhou o recurso arrecadado 

E emprestou o dinheiro de um país 

A mais um que se salva por um triz 

Dos ataques brutais do comunismo. 


Se é um chefe de um partidarismo 

Que aparece, escondendo o seu malfeito. 


Não encontra em seu poste algum defeito 

Quando deixa um terreno tão escuro 

Que ninguém vê a luz de algum futuro 

No seu plano apagado e sem proveito. 


Nota: versificação acima com 18 decassílabos ritmados e rimas interpoladas abba-accd-deef-fg-ghhg. 

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MODERAÇÃO DE PODER 

Decassílabos de Valdir Loureiro 


Eu queria um poder moderador: 

Quarto, quinto, sexto, sétimo ou oitavo... 

E não ver um executivo escravo 

De um supremo juiz ou imperador. 


Se um país não tem um legislador, 

E se a constituição também se anula, 

Tenha ao menos poder com que regula 

A conduta da toga ou magistrado 

Que parece ocupar trono ou reinado, 

Como quem esteja acima da lei, 

Superior a Moisés ou a um rei 

Da caneta pior que um cajado. 


Nota: versificação acima com  12 decassílabos ritmados e rimas intercaladas abba-accddeed. 

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DEMOCRACIA FARDADA. Alusão à frase "As Forças Armadas são o povo fardado"

Versos: 24 hendecassílabos ritmados. 

Valdir Loureiro 


Não sei qual é o nome da democracia 

Em que uma pessoa não pode falar 

Sobre uma eleição na qual não se confia 

Nem quanto ao direito de fiscalizar. 


Será democrático o direito a assaltar 

E alguém invadir uma propriedade? 

Tomar uma casa que algum filho herdar, 

Não se distinguir uma sexualidade? 


Será um processo democratizado 

Fazer eleição e não certificar 

O nome ou número de quem foi votado, 

Ficando quem vota com a dúvida no ar? 


A democracia legítima é a do povo.  

Um povo passeia no seu movimento,  

Mostrando o anseio do antigo e do novo,  

Unido em barraca de acampamento. 


Se um povo quiser um quartel, regimento, 

A fim de livrar-se das ondas hostis,  

E tem força armada que é do seu país, 

Poderá ficar junto a essa, encostado? 

"As Forças Armadas são o povo fardado...",* 

Livrando a Nação de um momento infeliz 

(Que, se for mandado, provém de um juiz; 

Que, se for mandato, é de um cargo ocupado).  

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*Para ver a frase aludida, clicar abaixo: https://5imperiooencobertoesperado.blogspot.com/2018/07/o-documento-real-oficial.html?m=1. 

21/05/2022

Fundo partidário

Eu não sei o que é Fundo Partidário. 

Mas suponho que seja larga fonte 

de recurso onde apareça um monte 

de políticos, querendo um numerário 

para usar em um gasto perdulário 

a favor do seu pleito ou de um partido 

cuja conta corre a fundo perdido. 


E se um veto acabar com essa festa, 

quem vetar será um nome que presta 

um favor para o povo mais sofrido. 


Decassílabos de Valdir Loureiro. 

19/03/2022

Honestidade presidencial

Versificação abaixo com 18 redondilhas maiores 


HONESTIDADE PRESIDENCIAL 


Eu gostei de um comentário 

com ares de idolatria. 

Para mim, é um breviário 

do que o honesto seria. 

Decerto precisaria 

ter "caráter com moral,  

boa índole pessoal"  

como ensinam mães e pais. 


Ações presidenciais 

que seguirem essa escola 

fiscalizam a sacola 

das verbas nacionais; 

nunca vão "pisar na bola" 

dos potententados morais; 

vão do gramado ao teatro,  

sem jogar fora das quatro 

linhas constitucionais. 

E assim eu os idolatro. 


Eu Lírico 

17/03/2022

Presidente honesto

Eu procuro um presidente

que seja honesto demais

como foram os ancestrais

de um país antigamente, 

onde eu fui um residente e

para onde eu quero voltar. 


Ah se ele for governar 

e pergunte o que eu acho

de um rei corrupto e capacho 

com o dinheiro de um povo; 

vou dizer-lhe: não promovo 

príncipe que faz cambalacho. 


Eu Lírico